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Os métodos inovadores do país referência mundial no Ensino.

Enquanto responsável pela gestão de uma escola, com certeza você já deve ter ouvido falar da Educação na Finlândia como referência no Ensino Mundial. Mas exatamente de onde vem essa fama? Ela começou devido à sua Gestão por Evidência, ou seja, quando os resultados comprovam a eficiência do sistema de ensino ao serem medidos o desempenho dos alunos através de métodos como avaliações, mapeamentos ou diagnósticos.

No caso da Finlândia, o país começou a chamar atenção por seus resultados elevados no PISA (programa Internacional de Avaliação de Estudantes), considerado o maior teste de qualidade de ensino que compara, hoje, o nível de aprendizado entre jovens de todo o mundo.

As avaliações acontecem a cada 3 anos e abordam 3 áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências, contando com a participação de alunos que estão na média de 15 anos de idade. Desde 2000, quando o PISA foi inaugurado, a Finlândia se mantém entre os países de destaque, geralmente ocupando pelo menos um lugar entre os 5 primeiros países de cada área.

Na última edição em 2015 por exemplo, a Finlândia esteve em 5º lugar em Ciências e 4º em Leitura, entre os 73 países participantes. Já o Brasil ficou entre os 8 piores países do ranking de Ciências.

Vale lembrar que a avaliação considera não só conhecimentos curriculares, mas também outros fatores como equidade social, desempenho de estudantes imigrantes em comparação aos nativos, bem-estar dos alunos e a capacidade de solucionar problemas de maneira colaborativa. Ou seja, habilidades que envolvem desenvolvimento a níveis sociais e emocionais.

Para além do PISA, outros dados comprovam sua eficiência, como os 99% dos jovens que concluem o Ensino Médio, o maior índice global. Pensando no Brasil, só 59% completam essa fase até os 19 anos. A Finlândia também está entre os cinco países mais inovadores do planeta.

Entenda a seguir quais são os 3 grandes diferenciais da Finlândia que tornaram o país uma das grandes referências de educação!

1. Maior liberdade e menos pressões
Muitas pessoas ainda associam alto desempenho nos estudos ao esforço contínuo de longas horas de foco, acompanhado da pressão por notas altas. Já a Finlândia comprova que o caminho contrário pode ser ainda mais eficiente.

Por lá, a alfabetização começa a partir dos 7 anos de idade. Antes disso, durante a creche e a pré-escola, o foco é simplesmente brincar, principalmente ao ar livre. Eles também possuem uma jornada menor de aulas e têm pouca lição de casa. Além disso notas também não funcionam como principal parâmetro de avaliação e as férias são mais longas.

Em geral os finlandeses não associam o processo de aprendizagem à quantidade e aos resultados numéricos e sim à qualidade de vida dos alunos. Por mais contraditório que pareça, é justamente a falta de pressão para se saírem bem que os tornam tão bons.

Isso porque eles estão preocupados em desenvolver cidadãos conscientes de seu papel no mundo e na sociedade, em primeiro lugar.

2. Contexto e Interdisciplinaridade
No lugar de entidades totalmente separadas, as matérias estão sendo ensinadas a partir de projetos, com módulos de “aulas sobre fenômenos”. Assim os conteúdos são misturados de forma a se complementar a partir de contextos mais similares ao que as crianças vão se deparar na vida real. Por exemplo, um projeto pode conter as matérias de ciências, música e matemática ao mesmo tempo.

Hoje esse ainda é um modelo híbrido em relação ao tradicional focado em matérias, mas a previsão é de que até 2020 o foco de educação na Finlândia seja 100% na interdisciplinaridade.

De acordo com Marjo Kyllonen, secretária da cidade finlandesa de Helsinque: “Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema, para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900 – mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao Século 21.”

3. Investimento na Educação e Valorização de Professores
Além do alto investimento monetário em professores por parte do Estado, USD 30 milhões a cada ano, voltados para cursos universitários e programas de reciclagem, os níveis de exigência para sequer poder exercer a profissão também são altos. O país exige mestrado a todos os profissionais mesmo do ensino primário. Por lá, é mais fácil se tornar médico do que professor, considerando que as taxas de aprovação nos cursos de formação educacionais são menores do que para cursos de medicina.

Na Finlândia a carreira de professor é muito competida e possui status elevado.

Um outro investimento a partir do sucesso na área da educação, foi o de transformar a educação em “produto” e exportá-la a outros países. “Hoje, o país já contabiliza cerca de 200 milhões de euros por ano em receitas relacionadas a serviços educacionais, mas estimativas apontam que esse valor deve chegar a 1 bilhão de euros nos próximos anos. (Fonte: Revista Exame).

Sonho ou Realidade?
Quando olhamos para a realidade brasileira comparada a esse tipo de sistema de Ensino, não é difícil imaginar que estamos falando de um cenário utópico para o Brasil. Ainda assim, vale lembrar a história da Finlândia, que até não muito tempo atrás era um país muito pobre e que foi transformado justamente pelo investimento em educação e não o contrário.

Sua independência por exemplo, celebrou recentes 100 anos em 2017 e parte do seu sucesso como potência mundial hoje, também se deve à capacidade do país em se reinventar rapidamente.

 

Fonte: educador360-com

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