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Relação dos transtornos de ansiedade com o uso as redes sociais

jul 9, 2024 | Blog, Neurociência

A ansiedade infanto-juvenil na atualidade tem sido um tema crescente de preocupação e estudo dentro da comunidade científica. Aqui estão alguns pontos importantes baseados em pesquisas e estudos recentes:

Prevalência: A ansiedade é uma das condições de saúde mental mais comuns entre crianças e adolescentes. Estudos indicam que aproximadamente 7% das crianças e adolescentes são afetados por transtornos de ansiedade em algum momento de suas vidas.

Fatores de Risco: Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento da ansiedade infanto-juvenil, incluindo predisposição genética, experiências traumáticas, ambiente familiar e pressões acadêmicas. A exposição precoce a tecnologias digitais também tem sido discutida como um fator que pode influenciar negativamente a saúde mental das crianças.

Impacto da Tecnologia: O uso excessivo de telas e redes sociais pode contribuir para a ansiedade ao expor as crianças a situações de bullying online, comparações sociais constantes e uma pressão para se destacar digitalmente.

Diagnóstico e Tratamento: Diagnosticar transtornos de ansiedade em crianças pode ser desafiador devido à complexidade em diferenciar entre ansiedade “normal” e um transtorno clínico. No entanto, intervenções precoces são cruciais para mitigar os efeitos a longo prazo. Terapias cognitivo-comportamentais (TCC) são frequentemente recomendadas como tratamento de primeira linha, embora intervenções familiares e escolares também sejam importantes.

Consequências a Longo Prazo: A ansiedade infanto-juvenil não tratada pode levar a dificuldades emocionais e sociais persistentes, impactando negativamente o desempenho acadêmico e a qualidade de vida geral na idade adulta.

Abordagens Preventivas: Educar pais, professores e profissionais de saúde sobre sinais precoces de ansiedade, promover estratégias de enfrentamento saudáveis e criar ambientes escolares e familiares de apoio são consideradas estratégias preventivas eficazes.

Em resumo, a ansiedade infanto-juvenil é uma preocupação significativa que requer atenção tanto em termos de pesquisa quanto de prática clínica e política pública para garantir o bem-estar emocional das futuras gerações.

 

Qual seria a relação dos transtornos de ansiedade com as redes sociais?

A relação entre ansiedade infanto-juvenil e o uso das redes sociais é um tópico de grande interesse e debate na atualidade. Aqui estão alguns pontos chave dessa relação, com base em pesquisas e estudos:

Vamos aprofundar em cada tópico relacionado à ansiedade infanto-juvenil e o uso das redes sociais, com exemplos práticos e conselhos para ajudar:

  1. Comparação Social:

    • Aprofundamento: As redes sociais frequentemente exibem uma versão editada e idealizada da vida das pessoas, mostrando apenas os melhores momentos e conquistas. Isso pode levar crianças e adolescentes a sentir que suas próprias vidas são menos emocionantes ou bem-sucedidas em comparação.
    • Exemplo Prático: Uma adolescente vê fotos de seus colegas de classe em uma festa e começa a se sentir excluída porque não foi convidada. Ela começa a questionar sua popularidade e seu valor social.
    • Conselho: Incentivar a reflexão crítica sobre as imagens e posts nas redes sociais, lembrando que essas plataformas muitas vezes não mostram a realidade completa. Focar em desenvolver uma autoestima baseada em habilidades e interesses individuais, não em comparações com os outros.
  2. Bullying Online:

    • Aprofundamento: O cyberbullying envolve o uso de tecnologias digitais para assediar, intimidar ou humilhar outra pessoa. Pode ocorrer através de mensagens, comentários ou até mesmo na criação de páginas falsas para difamação.
    • Exemplo Prático: Um menino recebe comentários hostis e ameaçadores em uma foto que postou no Instagram, gerando medo e ansiedade sempre que ele abre seu perfil.
    • Conselho: Ensinar a importância de relatar imediatamente qualquer forma de bullying online aos pais, professores ou responsáveis, e promover um ambiente seguro e de apoio para discutir essas questões.
  3. Pressão por Likes e Aprovação:

    • Aprofundamento: Muitos jovens buscam validação através do número de curtidas, comentários positivos e compartilhamentos que recebem em suas postagens. A falta de reconhecimento pode levar à ansiedade e à preocupação com a aceitação social.
    • Exemplo Prático: Uma garota fica desanimada porque uma foto que ela achou que seria popular recebeu poucas curtidas, levando-a a questionar sua aparência e popularidade.
    • Conselho: Promover uma autoestima baseada em conquistas pessoais e não em validação externa. Reduzir a dependência de redes sociais para validação, incentivando atividades offline que promovam a autoaceitação.
  4. FOMO (Fear of Missing Out):

    • Aprofundamento: O medo de perder experiências sociais ou eventos interessantes que estão acontecendo pode levar crianças e adolescentes a se sentirem ansiosos e desconectados se não estiverem constantemente online.
    • Exemplo Prático: Um adolescente se sente ansioso e irritado quando não pode participar de uma conversa de grupo online com seus amigos porque estava ausente por algumas horas.
    • Conselho: Promover um equilíbrio saudável entre o tempo online e offline. Ensinar estratégias para lidar com a pressão social e reconhecer que é normal não participar de todas as atividades.
  5. Distúrbios do Sono e Excesso de Uso:

    • Aprofundamento: O uso excessivo de dispositivos e redes sociais pode interferir no sono adequado das crianças e adolescentes, levando a problemas de sono e aumentando os níveis de estresse e ansiedade.
    • Exemplo Prático: Um adolescente fica acordado até tarde navegando em redes sociais, o que afeta seu desempenho escolar e seu humor no dia seguinte devido à falta de sono.
    • Conselho: Estabelecer horários específicos para o uso de dispositivos antes de dormir e promover um ambiente tranquilo para o sono. Educar sobre a importância de desconectar pelo menos uma hora antes de dormir para ajudar o cérebro a relaxar.
  6. Imagem Corporal e Autoimagem:

    • Aprofundamento: As redes sociais muitas vezes promovem padrões irreais de beleza e sucesso, o que pode levar a uma preocupação excessiva com a aparência e a autoimagem.
    • Exemplo Prático: Uma adolescente começa a se comparar com influenciadoras que ela segue no Instagram, levando-a a sentir-se insatisfeita com sua própria aparência.
    • Conselho: Incentivar uma conversa aberta sobre a diversidade de corpos e imagens saudáveis de beleza. Promover atividades que enfatizem talentos e habilidades pessoais, em vez de focar apenas na aparência física.

Em todos esses casos, a supervisão atenta dos pais e a educação sobre o uso responsável das redes sociais são essenciais. Estabelecer limites claros e promover uma comunicação aberta pode ajudar a mitigar os potenciais impactos negativos das redes sociais na ansiedade infanto-juvenil.

 

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